O que estamos lendo | Notes on ‘camp’

31 maio O que estamos lendo | Notes on ‘camp’

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Susan Sontag

A expressão “camp” ganhou visibilidade após ser tema da exposição e evento de abertura do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. O ensaio de Sontag – que inspirou essa montagem – foi o primeiro material que se propôs a refletir sobre o tema, trazendo uma perspectiva histórica e tentando delimitar as fronteiras do conceito. A autora pontua que “camp” é uma sensibilidade, ou seja, um conjunto de manifestações estéticas pouco racionalizadas, com uma difícil possibilidade de definição. Suas características surgem na mistura do fantástico, do apaixonado e do ingênuo; a teatralidade e o exagero aparecem como fios comuns que conduzem essas expressões. “Camp” é sobre as aparências: estilo sobre conteúdo, estética sobre moralidade, ironia sobre tragédia; em termos semióticos, o “camp” se pauta na primeiridade. Em sua relação única com o tempo, que apaga a historicidade dos objetos, Sontag nos apresenta “a declaração final do Camp: é bom porque é horrível”.