13 nov A cena fabulística de Hermès: uma perspectiva semiótica sobre as narrativas da marca
As marcas são, hoje, na vida cotidiana, um dos elementos mais repletos de significado e mais importantes socialmente. Isso porque nelas se alicerçam tanto a comunicação quanto o consumo – as marcas, por um lado, para funcionar como tal, precisam se expressar, precisam se comunicar, precisam criar vínculos; por outro, são quase sempre entidades que fomentam o consumo. O artigo “A cena fabulística de Hermès: uma perspectiva semiótica sobre as narrativas da marca”, de Bruno Pompeu e Clotilde Perez, analisa peças da campanha publicitária da marca, verificando os sentidos que este anunciante atribui a si mesmo por meio das estratégias narrativas e estéticas adotadas.
Para tanto, a semiótica de vertente greimasiana é utilizada como aporte teórico para que, a partir dos três níveis do texto apresentados e desenvolvidos por seus principais autores, se possa analisar o universo semântico que a tal marca cria, sempre procurando estabelecer vínculos de afeto e instigação do desejo – como convém a uma marca. Adicionalmente integram-se à análise as contribuições das principais teorias do consumo contemporâneas, no sentido de explicitar a centralidade que as marcas assumiram exercendo sua função sígnica primordial de mediação.
O artigo foi publicado na revista Signos do Consumo, uma publicação acadêmica que trabalha na expectativa de ampliar sem preconceitos as reflexões e discussões de pesquisas sobre a comunicação midiática da publicidade, da propaganda, das relações públicas e dos estudos sobre efeitos do consumo nas culturas contemporâneas, abrindo novos horizontes de diálogo entre os investigadores do Brasil e de outros países em suas edições semestrais.